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Alterações hormonais podem prejudicar o sinais de fome e saciedade?

Alterações hormonais podem prejudicar o sinais de fome e saciedade

Os sinais de fome e saciedade são cruciais para regular nossa ingestão alimentar e manter um equilíbrio saudável em nossa dieta. No entanto, esses sinais podem ser influenciados por uma variedade de fatores, incluindo alterações hormonais no corpo. Neste texto, explorarei como as alterações hormonais podem prejudicar o sinais de fome e saciedade.

Hormônios envolvidos

  1. Leptina: A leptina é um hormônio produzido pelas células adiposas (células de gordura) que desempenha um papel fundamental na regulação do peso corporal e na ingestão alimentar. Ela é conhecida como o “hormônio da saciedade”, pois atua sinalizando ao cérebro quando estamos satisfeitos e não precisamos mais comer. No entanto, níveis elevados de gordura corporal podem levar à resistência à leptina, onde o cérebro não responde adequadamente a esse sinal de saciedade, resultando em excesso de ingestão alimentar.
  2. Grelina: A grelina é conhecida como o “hormônio da fome” e é produzida principalmente pelo estômago. Seus níveis aumentam antes das refeições e diminuem após as refeições, desempenhando um papel importante em estimular o apetite. Alterações nos níveis de grelina podem ocorrer em resposta a mudanças no padrão alimentar, estresse e distúrbios metabólicos.
  3. Insulina: A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que regula os níveis de glicose no sangue. Além de seu papel na regulação do açúcar no sangue, a insulina também desempenha um papel na regulação do apetite. Níveis elevados de insulina no sangue, muitas vezes associados à resistência à insulina, podem aumentar os desejos por alimentos ricos em carboidratos e contribuir para o ganho de peso.
  4. Peptídeo YY (PYY): O PYY é um hormônio produzido no intestino em resposta à ingestão alimentar. Ele desempenha um papel na regulação da ingestão alimentar, reduzindo a fome e aumentando a sensação de saciedade. Níveis reduzidos de PYY estão associados à obesidade e podem resultar em uma menor sensação de saciedade após as refeições.

Como alterações Hormonais podem afetar os sinais de fome e saciedade?

A discussão sobre a alimentação correta vai muito além de simplesmente estar atento aos sinais de fome e saciedade. Embora estratégias comportamentais como o comer intuitivo e o Mindful Eating promovam a autonomia do paciente, é importante reconhecer a complexidade do processo alimentar. A conscientização dos sinais corporais, especialmente os relacionados ao apetite, é fundamental. Inclusive, em minha prática clínica, costumo apresentar a escala de fome e saciedade para estimular esse autoconhecimento entre meus pacientes.

No entanto, é notável a falta de consciência que muitas pessoas apresentam ao se alimentarem. Esse hábito, muitas vezes associado ao consumo impulsivo e compulsivo de alimentos, pode ocorrer devido à distração causada por pensamentos sobre o passado ou o futuro, além do ambiente cada vez mais multitarefa em que vivemos, onde é comum nos alimentarmos diante de telas, televisão, celular, computado. Como consequência, acabamos comendo automaticamente, sem prestar atenção aos sinais internos de fome e saciedade.

Uma estratégia eficaz para combater esse comer automático é o Mindful Eating, que preconiza a atenção plena durante as refeições. Isso envolve concentrar-se no momento presente, saborear os alimentos, respeitar as necessidades do corpo e comer sem pressa. O Mindful Eating trabalha com a consciência dos sinais internos do corpo, em vez de depender de sinais externos para determinar quando comer. Essa prática tem o potencial de abordar comportamentos alimentares problemáticos e os desafios enfrentados por muitos na regulação da ingestão alimentar.

No contexto de pessoas com sobrepeso e obesidade que buscam reduzir o peso, é crucial estar ciente das disfunções metabólicas associadas à obesidade. Um dos aspectos relevantes observados é a hiperleptinemia, onde esses pacientes produzem níveis elevados de leptina, porém sofrem de resistência a ela. Essa resistência pode ser atribuída a modificações na expressão dos genes do receptor de leptina e nos processos metabólicos subsequentes à ligação do hormônio. Como resultado, mesmo com altas concentrações de leptina circulante, há uma persistente sensação de fome.

Além disso, pessoas com obesidade frequentemente apresentam resistência à insulina, o que pode aumentar ainda mais o apetite. Outras alterações hormonais, como a redução de GLP-1 e PYY, também contribuem para a dificuldade na regulação do apetite. É importante compreender que os mecanismos de regulação do apetite são complexos e que as alterações associadas à obesidade são igualmente complexas.

Você que buscam emagrecimento, pode ser necessário adotar uma abordagem mais abrangente, que leve em conta não apenas os sinais internos de fome e saciedade, mas também considere a composição nutricional das refeições, o controle das porções e a gestão de gatilhos alimentares. Estratégias comportamentais, como o Mindful Eating, ainda podem desempenhar um papel importante, mas podem precisar ser combinadas com intervenções específicas para tratar as disrupções metabólicas associadas à obesidade.

Como alterações Hormonais podem afetar os sinais de fome e saciedade

Quais são os sintomas de resistência à leptina?

Resistência à leptina pode se manifestar como dificuldade em sentir-se saciado mesmo após comer, desejos intensos por alimentos ricos em gordura e açúcar e dificuldade em perder peso.

Como posso controlar meus níveis de grelina?

Manter uma dieta equilibrada, rica em fibras e proteínas, pode ajudar a controlar os níveis de grelina. Além disso, dormir o suficiente e reduzir o estresse também podem ser úteis.

Portanto, é essencial uma abordagem individualizada que leve em consideração tanto os aspectos comportamentais quanto as questões metabólicas. Isso pode envolver a colaboração entre profissionais de saúde, incluindo nutricionistas, endocrinologistas e psicólogos, para desenvolver um plano de tratamento abrangente e holístico que atenda às necessidades específicas de cada paciente.

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